sábado, 11 de janeiro de 2014

Pão dos essênios

Pão feito com grãos de trigo germinados

Pão feito com grãos de trigo germinados
Na culinária viva os alimentos não são cozidos, no máximo desidratados como é o caso desse pão. Isso porque acredita-se que os alimentos in natura são mais ricos em vitaminas, minerais e enzimas.

 Ingredientes:
  • Trigo em grão;
  • Água;
  • Sal e temperos para incorporar na massa – Opcional
Preparo:
  • Deixe os grãos de molho na água durante uma noite – 8 horas. A água deve ser suficiente para cobrir os grãos e ainda sobrar uma boa margem porque os grãos vão inchar.
  • No dia seguinte, escorra os grãos. Use um coador (peneira) grande ou coloque-os dentro de um pote de vidro tampado com filó.
  • A cada 2 ou 3 horas aproximadamente, molhe os grãos e escorra. Se optar pelo coador, apenas passe de baixo da água corrente e deixe escorrer. Se utilizar o pote com filó, adicione um pouco de água e deixe inclinado de cabeça para baixo, para que possa escorrer sem tampar.
  • Quando começar a nascer uma pontinha no grão então já estará na hora de fazer a massa. Isso pode demorar até o final do dia, depende do clima. (Foto abaixo)
  • Passe os grãos germinados para um processador de alimentos. Ou um liquidificador se for potente.
  • Triture bem os grãos até virar uma massa (mais lisa possível).  Se utilizar o liquidificador, pegue ele com as duas mãos enquanto bate e sacoleje para ajudar a mexer a massa enquanto tritura os grãos.
  • Depois de bem triturado e já na forma de massa, amasse mais um pouquinho com as mãos sobre uma superfície lisa, apenas para uniformizar a massa. A massa vai estar grudenta.
  • Coloque a bolinha de massa em um saco e deixe descansar na geladeira por dois dias. Depois disso ela já terá uma outra textura. (Foto abaixo)
  • Divida a massa em 3 partes, molde rolinhos compridos com cada parte e faça uma trança. A trança ajuda na hora de desidratar (também pode ser feito em discos finos).
  • A desidratação pode ser feita com um aparelho específico, o desidratador, ou ao sol, ou ainda pré aquecendo o forno. Se utilizar o forno, pré aqueça, desligue, meça atemperatura. Quando estiver aproximadamente 45°C, coloque o pão e deixe até esfriar.
  • A massa estará pronta quando estiver com uma crosta sequinha por fora (eu deixei secar bastante).
Obs.: O sal pode ser encorporado na massa depois de retirada da geladeira e o gergilim pode ser colocado por cima do pão depois de feito a trança.
Os grãos já com uma pontinha aparecendo, prontos para serem triturado:
 A massa (depois de triturada) indo para geladeira:
 O pão desidratando no sol (deixei uma redinha por cima para não pousar nenhuma linda borboleta para não dizer outros insetos):
Depois é só comer da forma que achar melhor, mas vou dar uma dica: Sanduíche de pão essênio, ricota de amendoim germinado fermentado com cenoura raladinha e saladinha de brotos de girassol cultivados em casa e tomates frescos é uma boa pedida!

Bom apetite!!

terça-feira, 24 de setembro de 2013

Você sabe o que são sucos de luz?

Conheça a bebida que restaura o corpo e a mente.

Sementes germinadas
Sementes germinadas
Feito com couve, maçã, gengibre, pepino e sementes germinadas, o suco da luz do sol promete energia e rejuvenescimento ao organismo. A ideia pode parecer moderninha, mas o conceito não tem nada de novo. Ann Wigmore, precursora da alimentação viva, já experimentava usar brotos de grama para curar as feridas de soldados, 50 anos atrás.  Depois de testado e aprovado, a estudiosa começou a desenvolver uma dieta baseada em alimentos crus e clorofila.
Suco de Luz
Suco de Luz
 Ana Branco, professora da PUC-RJ, trouxe a ideia dos Estados Unidos e foi a primeira a preparar sucos com esse conceito no Brasil -- tidos como sagrados para quem segue a filosofia da alimentação viva. “A diferença de seu suco foi a utilização de sementes germinadas que estão brotando", explica Tiana Rodrigues, chef do universo orgânico , casa especializada em receitas desse tipo, no Rio de Janeiro. "Os americanos são feitos com sementes que já estavam germinadas completamente”, completa.
Sementes germinadas
Sementes germinadas

Mas, afinal, o que tem de tão especial nessas bebidas? “As sementes germinadas potencializam suas propriedades em até 20 mil vezes, e a clorofila, substância encontrada principalmente nas folhas verdes escuras, desintoxica o sangue”, diz Tiana. “O suco possui 100% de energia vital, enquanto alimentos industrializados e cozidos não tem nenhuma. Muita gente volta ao restaurante uns dois meses depois contando que começou a tomar o suco uma vez ao dia e teve a energia renovada", afirma. Por isso é que, segundo ela, o suco vale por uma vida. Tiana garante que com essa energia restabelecida sobra disposição para fazer exercícios. "Tudo isso ajuda no equilíbrio também da mente."
Como não leva água, é preciso extrair líquidos de legumes, frutas e folhas. O pepino, por exemplo, é usado como socador, para empurar a maçã e as folhas contra a lâmina do liquidificador. Depois, os outros alimentos são adicionados, o suco é coado e deve ser bebido imediatamente e sem gelo ou açúcar. “Em 10 minutos as propriedades dos alimentos já começam a chegar no sangue”, explica a chef.
Suco de Luz
Suco de Luz

Outro benefício do suco, segundo Tiana, são as enzimas, que ajudam a digestão. “O corpo precisa de 10 porção de verdes por dia. Quando se come uma carne, a maior parte do prato deveria ser de folhas”, diz Tiana.
A germinação
Provocar o processo de germinação das sementes é fácil. Basta colocar um punhado do item escolhido – que pode ser linhaça, girassol, quinua ou trigo, por exemplo -- e esperar 8 horas. Depois, é só tirar a água, escorrer as sementes em um pedaço de filó ou em um escorredor e deixar por lá durante algumas horas, até que os brotinhos comecem a aparecer.
Outros sucos funcionais
Tiana estudou no Natural Gourmet Institute, em Nova York, e logo se interessou pela influência das cores dos alimentos no bem-estar do corpo e da mente e em sua ligação com os chackras (centros energéticos do corpo, segundo os esotéricos). Quando voltou ao Brasil, aliou o suco da luz do sol a seus estudos para criar uma linha de bebidas que fortalecem o organismo e também cuidam de problemas específicos do corpo. A necessidade de criar essas bebidas surgiu com a procura dos clientes do restaurante. Entre as opções, está o suco da Terra que ajuda nos tratamentos de câncer. “É o suco mais forte, feito com a grama do trigo pura”, explica.
Todos os sucos podem ainda ser mais potencializados com o pó Via Láctea, que combina super alimentos, como açaí, coco e cacau.

Bebidas funcionais
Bebidas funcionais
As bebidas funcionais ganharam não só adeptos ao suco de luz e da alimentação viva, mas também viraram tendência nas lojas de suco. Misturando uma fruta e outra pode se obter sabores interessantes e que agem na prevenção ou na  melhora de alguns sintomas e doenças. O suco bagaço aderiu e serve bebidas como a desintoxicante (abacaxi, gengibre, suco de limão, água de coco) e a anti-tpm (mamão, gengibre, abacaxi e laranja). Beba sem moderação. O corpo e a mente agradecem.

Receitas de alguns Sucos de Luz: 

 




 Suco anticelulite

Ingredientes

  • 1 porção de abacaxi
  • 1 folha de couve
  • 3 galinhos de hortelã
  • 1 ramo de salsa
  • Água de coco até completar 250ml

Modo de Preparo

Bata tudo no liquidificador e sirva na hora.

Veja mais:
http://saude.ig.com.br/alimentacao-bemestar/2012-08-18/sucos-para-hidratar-o-corpo.html

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Benefícios da culinária japonesa

As preparações levam pouca ou nenhuma gordura saturada (o tipo que é nocivo ao organismo) tornando os pratos mais leves, os alimentos crus preservam 100% dos nutrientes e, além disso, são ricos em substâncias importantes para preservar a saúde, como o ômega 3 do salmão, que previne contra doenças cardiovasculares, ou o lentinan dos cogumelos, que reforça o sistema imunológico.

Até mesmo quem está de regime pode colher as vantagens e prazeres da culinária sem peso na consciência. "Basta evitar versões fritas ou com cream cheese e maionese, que acrescentam mais calorias aos pratos. No restaurante, prefira os pratos à la carte, já que no rodízio é bem mais fácil extrapolar nas porções", explica a nutricionista Giovanna Arcuri, da clínica Gionutri, de São Paulo. A seguir, você confere uma lista de benefícios obtidos com os carros-chefes nutricionais da alimentação japonesa. Se você ainda não se rendeu a ela, veja o que a sua saúde está perdendo.

Algas: elas enxugam a gordura
Presentes, principalmente nos sushis e temakis, estes vegetais marinhos são excelentes fontes de iodo, necessários para a tireoide e o sistema imunológico trabalharem melhor. Esta turma dos mares também garante dias mais felizes, pois carregam vitaminas do complexo B (B1, B2, B3, B6, B12), que são importantes reguladores da serotonina, hormônio neurotransmissor que nos confere a sensação de prazer e bem-estar.

Mas a sua dieta também ganha reforço extra com o consumo das algas. Um estudo recente da Universidade de Newscastle, na Grã-Bretanha, provou que elas são capazes de reduzir a absorção de gordura pelo organismo em até 75% - mais que o dobro dos medicamentos com a mesma função. "Além disso, os minerais e oligo-elementos raros presentes nas algas também são importantes para regular o funcionamento do metabolismo", explica Giovanna Arcuri.
Peixes: amigos do peito
Atum, salmão e truta são espécies largamente utilizadas na culinária japonesa. Esse trio é o verdadeiro aliado do coração. Isso porque os três peixes são ricos em ômega3, um ácido graxo poli-insaturado que faz uma verdadeira faxina nos vasos sanguíneos, dissolvendo as placas de gorduras que se fixam nas paredes das artérias. Com o sangue fluindo sem barreiras, reduzem-se os riscos de doenças cardiovasculares, como hipertensão, infarto e derrames.

Outra função importante do ômega3 é aumentar os níveis de HDL (o chamado colesterol bom) e diminuir os de LDL (colesterol ruim) do sangue, equilibrando as taxas de colesterol. Uma pesquisa recente da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) apontou que o ômega-3 também é importante para a manutenção do sistema nervoso central, prevenindo doenças cerebrais degenerativas, como o Mal de Alzheimer.

Com a turma dos mares, a fadiga e o desânimo também não tem vez. O salmão contém tirosina, um aminoácido que o organismo usa para produzir dopamina e noripinefrina, dois neurotransmissores que mantém o cérebro em alerta. Já o atum é excelente fonte de vitamina B6, um nutriente importante para a produção de serotonina, o hormônio da felicidade.
Pepino: xô inchaço!
Ele é um dos vegetais mais usados na culinária oriental, compondo saladas, temakis e sushis. O pepino é composto por 95% de água, o que faz dele um alimento de baixa caloria e que garante hidratação do organismo. "Também é um diurético natural, que auxilia na diluição dos cálculos renais, e tem potássio, que favorece a flexibilidade muscular, afastando as cãibras do caminho", explica Paula Cabral.

Além disso, é um ótimo aliado para o ritual de beleza. Ele contém vitamina C e ácido caféico, ótimos para tratar irritações e diminuir o inchaço da pele. Uma máscara facial à base de pepino ou compressas sobre as olheiras deixa a expressão facial renovada.
Gergelim: o intestino agradece
É considerado um dos vegetais mais ricos em lecitina, um poderoso emulsionante, que facilita a dissolução das gorduras. Uma de suas funções na corrente sanguínea é dissolver lipídios da corrente sanguínea, regulando os níveis de colesterol e triglicérides, evitando doenças cardiovasculares. A lecitina também auxilia na lubrificação do intestino, que junto com as fibras contidas na semente mantém a prisão de ventre bem longe. "Suas fibras insolúveis também são ótimas para controlar as taxas de glicemia, o açúcar do sangue, afastando males como a diabetes", explica a nutricionista Patrícia Davidson, do Rio de Janeiro.

E ainda proporciona maior duração da saciedade, o que vai fazer com que a pessoa sinta menos fome. "O ideal é consumir de 1 a 2 colheres de sobremesa por dia que vão girar em torno de 80 calorias cada uma", diz a especialista. Mas não é só isso. Estudos mostram que o gergelim atua como ativador do reflexo cerebral e fortalecedor da pele. A presença do cálcio na sua composição ajuda ainda no combate do desgaste ósseo.
Gengibre: ele desintoxica geral
Rico em fibras, o gengibre tem ação desintoxicante, favorece a digestão e alivia a constipação intestinal. Com propriedades anti-infamatórias e bactericidas, também trata inflamações, principalmente na garganta. "Além disso, o gengibre tem a capacidade de aumentar a temperatura corporal e acelerar a queima de gorduras, contribuindo para o emagrecimento", explica a nutróloga Paula Cabral.
Cogumelos: eles blindam o organismo
Shitake e shimeji são duas espécies que incrementam o cardápio da culinária japonesa e blindam o organismo. Esta dupla é um verdadeiro exército de defesa contra doenças graças a uma substância chamada lentinan, capaz de estimular o sistema imunológico. Estudos apontam que o lentinan também é um bom combatente das altas taxas de colesterol.

"Os cogumelos ativam a saciedade, diminuindo a compulsão e a fome. E tem tanta proteína quanto na carne vermelha, com a vantagem de ter menos gordura", explica Giovanna Arcuri. Um bife de 100 gramas de contrafilé carrega cerca de 13 gramas de gorduras, enquanto a mesma quantidade de cogumelo não chega a um grama de gordura.
 Tofu: equilíbrio hormonal
Pesquisadores da dieta japonesa atribuem o consumo dele como um dos fatores para a baixa incidência de algumas doenças como certos tipos de câncer (mama, próstata e cólon), doenças cardiovasculares e osteoporose nas populações orientais, principalmente da China e do Japão. Por ser um derivado da soja, o tofu contém as mesmas propriedades da leguminosa. É uma excelente fonte de proteínas, além de ser rico em minerais como cálcio, fósforo e magnésio.

Em 100 gramas de tofu, 85% são água e 7.5 gramas são proteínas. E ainda pesa pouco na dieta. O alimento tem apenas 70 calorias. A soja contém uma classe de fito-hormônios chamados de isoflavonas (ou isoflavonoides), antioxidantes que reduzem a taxa de colesterol ruim (LDL) no sangue, diminuindo o risco de doenças cardiovasculares. "Uma outra boa notícia para as mulheres é que as isoflavonas contidas na soja exercem uma forte atividade hormonal, equilibrando as quantidades do hormônio estrógeno e amenizando os sintomas da menopausa", aponta Giovanna.
Wasabi: boa digestão
A pasta feita da planta wasábia (ou rabanete japonês) contém potássio, cálcio, magnésio, fósforo e vitamina C. Usada como condimento, ela ajuda na digestão, principalmente de comidas gordurosas. "Trata-se de um alimento tão termogênico como o gengibre, que ajuda a acelerar o metabolismo. Porém, deve ser ingerido com moderação, por causa da sensibilidade de cada um ao ardor que a raiz provoca", explica Paula Cabral.
Saúde para todos os gostos
Os pratos frios são a cara da culinária japonesa, mas o cardápio nem de longe fica restrito ao sushi e ao sashimi. Quem prefere opções quentes, principalmente no inverno, também pode fazer escolhas saudáveis e balanceadas.

Fazem parte desta turma a tradicional missoshiro (sopa de soja), os domburis (as receitas trazem variações com arroz, legumes, carne e frango), peixe grelhado com legumes refogados, além do clássico Yakissoba. "A receita de macarrão oriental com carne, frango e legumes ao molho de soja é uma refeição que traz diferentes grupos de alimentos, todos importantes para um prato completo e equilibrado: tem massa, proteína animal e vegetal e legumes. Para uma das refeições diárias, é um opção perfeita", explica Giovanna Arcuri.

Bom, depois disso quem não teria coragem de experimentar essa delícia cheia de benefícios?!

terça-feira, 3 de setembro de 2013

Tudo sobre Colesterol

O que é Colesterol?

O colesterol pode ser considerado um tipo de lipídio (gordura) produzido em nosso organismo. O colesterol está presente em alimentos de origem animal (carne, leite integral, ovos etc.). Em nosso organismo, o colesterol desempenha funções essenciais, como produção de hormônio e vitamina D. No entanto, o excesso de colesterol no sangue é prejudicial e aumenta o risco de desenvolver doenças cardiovasculares. Em nosso sangue, existem dois tipos de colesterol: 

  • LDL colesterol: conhecido como "ruim", ele pode se depositar nas artérias e provocar o seu entupimento
  • HDL colesterol: conhecido como "bom", retira o excesso de colesterol para fora das artérias, impedindo o seu depósito e diminuindo a formação da placa de gordura. 

Tipos

Podemos dizer que existem vários tipos de colesterol circulando no sangue. O total da soma de todos eles chama-se "Colesterol Total". Como visto, colesterol é uma espécie de "gordura do sangue" e, como gorduras não se misturam com líquidos, o colesterol é insolúvel no sangue. Por isso, o colesterol precisa da "carona" de certas proteínas para cumprir as suas funções. 

A associação entre proteínas e colesterol dá origem às chamadas lipoproteínas. Essas, sim, são aptas a viajar por todo o organismo via corrente sanguínea. As lipoproteínas - ou apenas colesterol - assumem algumas formas, sendo divididas em "bom colesterol" (HDL - high density, ou alta densidade) e "mau colesterol" (LDL - low density ou baixa densidade).
Pesquisas provaram que o bom colesterol (HDL) retira o colesterol das células e facilita a sua eliminação do organismo. Por isso, é benéfico. Já o mau colesterol (LDL) faz o inverso: ajuda o colesterol a entrar nas células, fazendo com que o excesso seja acumulado nas artérias sob a forma de placas de gordura. Justamente por isso, traz diversos malefícios. 

Fatores de risco

Muitos fatores podem contribuir para o aumento do colesterol, como tendências genéticas ou hereditárias, obesidade e atividade física reduzida. No entanto, um dos fatores mais comuns é a dieta

A dieta rica em colesterol inclui grandes quantidades de alimentos de origem animal: óleos, leite não desnatado e ovos. As gorduras, sobretudo as saturadas, contribuem para o problema do colesterol elevado.
A gordura saturada é um tipo de gordura que, quando ingerida, aumenta a quantidade de colesterol no organismo. Está presente, principalmente, em alimentos de origem animal. A carne vermelha, mesmo quando aparentemente "magra", possui moléculas de colesterol entre as suas fibras e deve ser evitada. As margarinas light ou diet devem ser as escolhidas em substituição à manteiga.
As gorduras insaturadas estão presentes, principalmente, em alimentos de origem vegetal. Elas são essenciais ao organismo, mas o corpo humano não tem condição de produzi-las. É por isso que é necessário consumi-las na alimentação. A substituição de gorduras saturadas por insaturadas na dieta pode auxiliar a reduzir o colesterol no sangue. Quando quiser preparar um pão mais saboroso, prefira margarina light ou diet à manteiga. 

Sintomas de Colesterol

O colesterol alto não apresenta sintomas, por isso, quem tem aterosclerose e obesidade, possui história de morte na família por infarto, é sedentário e/ou alimenta-se com ingestão exagerada de gorduras saturadas tem mais chances de ter colesterol alto. A aterosclerose não produz qualquer tipo de sintoma até que ocorra a obstrução de uma ou mais artérias. 

Diagnóstico de Colesterol

De acordo com a Sociedade Brasileira de Cardiologia, os níveis ideais de colesterol no sangue devem ser:
  • Colesterol Total: abaixo de 200mg/dL de sangue
  • Bom Colesterol (HDL): acima de 35mg/dL de sangue
  • Mau Colesterol (LDL): abaixo de 130mg/dL de sangue.

Tratamento de Colesterol

Existem remédios para controlar o colesterol alto, mas a aterosclerose só melhora com uma mudança mais significativa no estilo de vida. Reduzir o estresse, praticar exercícios físicos, manter a pressão arterial estável e o peso sob controle, são fundamentais para controlar o colesterol. As pessoas que tem diabetes devem ficar mais atentas. 

Complicações possíveis

Níveis elevados de colesterol estão associados a doenças coronarianas e aterosclerose. As recomendações habituais são para uma ingestão diária de colesterol inferior a 300 mg, quantidade que representa cerca de 50% da quantidade ingerida pelos norte-americanos. 

O colesterol, popularmente chamado de gordura do sangue, é uma substância gordurosa, esbranquiçada e sem odor. Não existe nos vegetais, apenas no organismo dos animais. Em pequenas quantidades, é necessário para algumas funções do organismo; em excesso, causa problemas.
Encontrado em todas as células do organismo, o colesterol é utilizado para a produção de muitas substâncias importantes, incluindo alguns hormônios e ácidos biliares.

Aterosclerose

É o endurecimento das paredes dos vasos causado pela deposição de gordura e colesterol. Existe uma predisposição genética que, combinada com o fumo, o estresse, a vida sedentária e a pressão alta, pode levar à doença. 
 Na aterosclerose, placas de gordura diminuem o diâmetro dos vasos sanguíneos e podem levar à obstrução total.

Prevenção

Além de uma alimentação equilibrada, há outras maneiras de evitar o aumento do colesterol e, até mesmo, diminuí-lo:
  • Fazer exercícios físicos: a atividade física pode ajudálo a emagrecer e a diminuir as tensões. Controlando o peso, fazendo exercício ou praticando esporte, você se sente melhor e diminui o risco de infarto e os níveis de colesterol no sangue
  • Não fumar: o cigarro é um fator de risco para doença coronária. Aliado ao colesterol, multiplica os riscos
  • Evitar o estresse: uma vida menos estressada também diminui o risco de infarto e redução do colesterol. Procure transformar as suas atividades diárias em algo que lhe dê satisfação
  • Fazer uma dieta com baixos níveis de gordura e colesterol: seja rigoroso no controle da alimentação.

Lembre-se de que todos os alimentos de origem animal têm colesterol. Portanto, dê preferência a alimentos de origem vegetal: frutas, verduras, legumes e grãos. Quem tem predisposição ao colesterol alto deve seguir as mesmas recomendações descritas no tratamento: manter hábitos de vida saudáveis, evitar o fumo e controlar o colesterol e a pressão arterial. Sugestões de hábitos:
  • Coma mais frutas e vegetais
  • Coma mais peixe grelhado ou assado e menos carnes fritas
  • Coma uma variedade de alimentos ricos em fibras, como aveia, pães integrais e maçãs. As fibras ajudam a reduzir as taxas de colesterol
  • Limite a ingestão de gorduras saturadas, como gordura de derivados de leite
  • Limite os alimentos ricos em colesterol, como gema de ovo e fígado
  • Utilize derivados de leite pobres em gordura: leite desnatado, iogurte desnatado e sorvetes light
  • Evite frituras.
Os cuidados com a alimentação devem ser redobrados por pessoas com diabetes, pois estas apresentam riscos de manifestações da aterosclerose de três a quatro vezes maior que as pessoas não-diabéticas. Há alimentos que ajudam a reduzir as taxas de colesterol no sangue, assim como também existem os que devem ser evitados. Para isso, preste atenção nas duas listas abaixo:

Alimentos ricos em colesterol:

  • Bacon
  • Chantilly
  • Ovas de peixes
  • Biscoitos amanteigados
  • Doces cremosos
  • Pele de aves
  • Camarão
  • Queijos amarelos
  • Carnes vermelhas "gordas"
  • Gema de ovos
  • Sorvetes cremosos
  • Creme de leite
  • Lagosta
  • Vísceras.

Alimentos que ajudam a reduzir o colesterol:

  • Aipo
  • Couve-de-bruxelas
  • Bagaço da laranja
  • Ameixa preta
  • Ameixa preta
  • Couve-flor
  • Mamão
  • Amora
  • Damasco
  • Mandioca
  • Azeite de oliva
  • Ervilha
  • Pão integral
  • Aveia
  • Farelo de aveia
  • Pêra
  • Cenoura
  • Farelo de trigo
  • Pêssego
  • Cereais integrais
  • Feijão
  • Quiabo
  • Cevada
  • Figo
  • Vegetais folhosos.
Pronto, você já sabe o que é o colesterol e como evitá-lo. Na próxima vez que for fazer suas compras, opte por alimentos que ajudem a diminuir o colesterol e pense duas vezes antes de faltar à academia. Seu corpo agradece duplamente! 

Fontes e referências:

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Óleo de coco



Óleo de coco: a gordura que emagrece?

Polêmico, o alimento pode ajudar a queimar gordura e aliviar a prisão de ventre 

 O polêmico óleo de coco tem nas gorduras saturadas seu principal benefício

 


O óleo de coco é um óleo extraído da fruta coco e existem dois tipos desse alimento funcional, o refinado e o extravirgem. O primeiro é feito a partir do coco seco, enquanto o segundo é feito com o coco fresco. No último caso, ele deve ser extraído até 48 horas após a colheita, preferencialmente de um fruto que tenha vindo de uma plantação certificada e orgânica.
Normalmente, o óleo de coco é encontrado em estado líquido na temperatura ambiente, só ficando sólido e branco quando colocado em baixas temperaturas. O normal é que ele não estrague ou fique rançoso mesmo quando armazenado há algum tempo. Seus benefícios ainda são controversos entre a comunidade médica e não representam uma unanimidade entre os especialistas. Rico em um tipo diferente de gorduras saturadas, os triglicérides de cadeia média, o alimento conquistou fama, principalmente, por ajudar na perda de peso.

O óleo de coco é essencialmente composto por gorduras e em maior parte pela saturada que representa quase 87% da quantidade desse macronutriente. 
O alto teor de gordura saturada presente nesse óleo o torna contraindicado por alguns profissionais de saúde. Afinal, esse macronutriente, quando consumido em grande quantidade, pode aumentar a quantidade de colesterol LDL, considerado ruim. 
Para comprovar, a quantidade diária indicada de gorduras saturadas é de 22 gramas, para quem consome 2 mil calorias ao dia. Mesmo a porção recomendada de óleo de coco é de 15 g (uma colher de sopa) e contém 12,97 g desse nutriente, o que equivale a 59% do valor diário recomendado. Veja qual porcentagem do Valor Diário* de alguns nutrientes ele carrega por porção: 

  • 59% de gordura saturada
  • 27% das gorduras totais
  • 0,15% de vitamina K
  • 0,1% de vitamina E
  • 0,07% de ferro.
  *Valores Diários de referência para adultos com base em uma dieta de 2.000 kcal ou 8.400 kJ. Seus valores diários podem ser maiores ou menores dependendo de suas necessidades energéticas.

Ajuda a emagrecer: Quem diria que justamente as gorduras saturadas poderiam ser aliadas da dieta, não é mesmo? Um estudo feito no Canadá em 2000 mostrou que pessoas que consumiam o óleo de coco tinham uma maior oxidação das gorduras, processo que causa sua quebra, do que as pessoas que seguiam dietas com óleos comuns. Quando a gordura é quebrada no tecido adiposo, ela é usada em forma de energia, ou seja não fica acumulada no organismo na forma dos famigerados pneuzinhos. Mas os pesquisadores não conseguiram descobrir o mecanismo responsável por essa alteração.  
Outra pesquisa realizada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro indica ainda que o óleo de coco nos ajuda a acelerar o metabolismo do organismo. Isso porque o ácido láurico, um dos TCM, fazem as células trabalharem de forma acelerada, consumindo assim mais calorias, o que evitaria o acúmulo de gordura localizada e como resultado favoreceria a perda de peso. De acordo com a pesquisa, o óleo também seria responsável por aumentar o volume de massa magra, os músculos, outros aliados por demandar mais gasto de energia do organismo, ajudando o emagrecimento.


Traz saciedade: Todos sabemos que essa sensação é a melhor amiga de quem quer perder peso, afinal quanto menos comemos, menos energia extra consumimos. Pesquisadores da Universidade de Columbia e do Centro de Pesquisa sobre Obesidade de Nova York, ambos nos Estados Unidos, verificaram que os TCM ativam hormônios como colecistoquinina, peptídeo YY e peptídeo inibitório intestinal, todos ligados a sensação de saciedade. Isso significa que ao consumir o óleo de coco no café da manhã, por exemplo, a tendência é que a quantidade de comida ingerida nas refeições seguintes seja menor. Além disso, eles indicam que o óleo de coco pode ser bem utilizado em dietas, mas para isso é necessário mudar todo o consumo de gorduras do cardápio, já que ele estará suprindo apenas as quantidades de gordura saturada. Você precisará consumir bem menos carnes vermelhas e frituras e priorizar peixes, oleaginosas, grãos como a linhaça e óleos como o azeite.

Melhora a imunidade: O ácido láurico e o ácido cáprico, dois dos TCM do óleo de coco, tem a propriedade de modular o sistema imunológico. Alguns estudos mostram essa relação, mostrando sua eficácia contra fungos, vírus e bactérias, mas os cientistas ainda não descobriram como isso funciona. Uma forma indireta de ele contribuir com a imunidade está na melhora do trabalho do intestino ao eliminar as bactérias ruins.

Evita a prisão de ventre: Alimentos gordurosos normalmente auxiliam na digestão, pois a gordura se mistura o bolo alimentar e as fezes, facilitando sua passagem pelo sistema digestivo. Além disso, o ácido láurico e suas propriedades antibacterianas eliminam as bactérias ruins do intestino, favorecendo sua microbiota (flora intestinal) e assim melhorando o funcionamento do órgão. Mas, cuidado, o consumo em excesso pode trazer o efeito rebote, causando diarreia.
  
É amigo da beleza: Alguns estudos mostram que seu consumo melhora a elasticidade da pele. Além disso, seus antioxidantes ajudam no combate dos radicais livres, que causam o envelhecimento precoce. O óleo de coco também pode ser usado diretamente para hidratação dos cabelos, sendo adicionado a cremes.

Contraindicações
Apesar de alguns estudos mostrarem a eficiência do óleo de coco no aumento do colesterol bom, o HDL, em ratos, não há evidências científicas que realmente comprovem essa relação. A Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) inclusive confirma em sua I Diretriz Brasileira de Hipercolesterolemia Familiar (HF) que o ácido láurico presente no alimento tem potencial de aumentar esse tipo de colesterol em relação aos outros tipos de gorduras saturadas, mas também eleva o LDL, considerado um colesterol ruim. 
Por isso, a SBC contraindica o óleo de coco para pessoas que tenham colesterol alto, e também solicita estudos adicionais antes de consolidar seu uso para pessoas com outras síndromes em seu metabolismo. O óleo também não deve ser ingerido por pessoas que tomam anticoagulantes.

Quantidade recomendada de óleo de coco

O ideal é consumir uma colher de sopa de óleo de coco, afinal mais do que isso extrapola as quantidade de gordura saturada diárias. 

Riscos do consumo excessivo

Se você ingerir mais do que a quantidade recomendada do óleo, o tiro sairá pela culatra. Afinal, haverá um consumo maior de energia do que seu gasto, o que sempre resulta em sobrepeso. Também pode trazer riscos cardiovasculares, com o aumento do colesterol. Por ajudar na digestão, em alta quantidade ele pode causar diarreia. 

Como consumir o óleo de coco

Vale a pena acrescentá-lo a preparações frias, como saladas e sucos de frutas. Caso queira incluí-lo em pratos quentes, use apenas na finalização e não leve ao fogo, para que ele conserve suas propriedades antioxidantes. 
  • O óleo de coco pode ser utilizado para finalizar os pratos quentes, promovendo sabor e aroma suaves a pratos como arroz e peixes. Em sua versão extravirgem, pode ser utilizado como tempero de saladas
  • O óleo de coco também pode ser usado na preparação de bolos e tortas
  • Ele pode ser misturado em iogurtes, sucos ou vitaminas. A adição do alimento deixa as bebidas com um gosto leve de coco
  • O óleo de coco não é muito recomendado para ser usado em frituras, pois além de ser um uso pouco saudável, pode deixar os alimentos com gosto de coco, como a batata frita e carnes, por exemplo.

Compare o óleo de coco com outros alimentos

  • O maior diferencial do óleo de coco é o tipo de gordura saturada que ele contém: seus ácidos graxos são triglicérides de cadeia média. Eles são metabolizados diretamente no fígado e convertidos em energia, que, caso não seja gasta, não se acumula em forma de gordura. Até existem outros alimentos que contém esse tipo de triglicéride, mas as quantidades são tão pequenas que eles sequer são contabilizados. Já no óleo de coco, esse tipo de gordura é maioria dentre as saturadas.

Onde encontrar

Você consegue localizar o óleo de coco em diversos supermercados, farmácias e lojas de produtos naturais, inclusive pela internet. Ele pode ser vendido na versão para uso culinário ou em cápsulas, como suplemento. É importante consultar um especialista antes de iniciar o consumo das cápsulas, para entender a indicação de consumo diário se sem riscos à saúde. 


Receitas com óleo de coco

Pensando em como incluir o óleo de coco no seu dia a dia? Confira algumas receitas para consumir esse alimento.


Receita de bolo integral de cenoura e gengibre

O doce é preparado com óleo de coco e mel



 Rendimento: 12 porções

Ingredientes:
· 3 ovos
· ½ xícara (chá) de óleo de coco
· ½ xícara (chá) de mel
· ¼ de xícara de leite de soja
· 2 cenouras, descascadas e picadas
· 2 xícaras (chá) de farinha de trigo integral, peneiradas
· ½ colher (sopa) de fermento em pó
· ½ colher (chá) de gengibre em pó (opcional)

Modo de Preparo: Bata os ovos, o mel, a cenoura e o óleo no liquidificador. Misture em uma tigela a farinha, o fermento e o gengibre e acrescente a mistura de líquidos até ficar homogêneo. Asse em forno pré-aquecido a 180°C por 30 minutos ou até passar no teste do palito (enfie o palito no bolo e, quando ele sair limpo estará pronto). 


Valor nutricional por porção:
Valor calórico 160,5 kcal
Proteínas 3,7 g
Carboidratos 20,8 g
Gorduras 7,6 g  
 




Receita de torta de amaranto com abobrinha sem glúten

O salgado é feito com óleo de coco e semente de linhaça

 Rendimento: 12 porções

Ingredientes:
Massa
1 ovo orgânico
1 xícara (chá) de farinha de arroz
1 xícara (chá) de amaranto em flocos
1 colher (sopa) de semente de linhaça
2 colheres (sopa) de óleo de coco
3 colheres (sopa) de água
Sal marinho a gosto

Recheio
1 colher (sopa) de óleo de coco
1 colher (sopa) de cebola picada
1 dente de alho amassado
1 xícaras (chá) de abobrinha cozida em cubos
1 xícara (chá) de brócolis cozido
1 xícara (chá) de cenoura cozida em cubos
 Sal marinho a gosto pimenta do reino a gosto

Modo de Preparo:
Em uma tigela, misture todos os ingredientes da massa, até ficar lisa e homogênea. Coloque a massa em um recipiente de vidro coberto e leve a geladeira por cerca de 15 minutos. Em uma panela, aqueça o óleo de coco e refogue a cebola e o alho, acrescente os demais ingredientes e tempere com sal e pimenta. Em uma forma, abra parte da massa para cobrir o fundo e as laterais. Acrescente o recheio frio e cubra com o restante da massa. Leve ao forno pré-aquecido 180°C por cerca de 30 minutos ou até dourar. 

 Valor Nutricional (por porção):
Valor calórico 149,8 kcal
Proteínas 4,1 g
Carboidratos 21,5 g
Gorduras 5,3 g


Fontes consultadas
Nutricionista Karina Valentim, da PB Consultoria Nutricional, em São Paulo
Livreto "Óleo de coco: a gordura saudável", do nutrólogo Wilson Rondó Jr. (CRM SP 47.078), de São Paulo
I Diretriz Brasileira de Hipercolesterolemia Familiar (HF) da Sociedade Brasileira de Cardiologia, Agosto de 2012



segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Bartholinite



Uma doença pouco divulgada

Bartholinite
As glândulas de Bartholin estão localizadas uma em cada lado da abertura vaginal. Estas glândulas secretam fluido que ajuda a lubrificar a vagina, principalmente durante o ato sexual. Às vezes a abertura destas glândulas fica obstruída, fazendo com que o líquido volte para dentro da glândula. O resultado é relativamente indolor chamado de cisto de Bartholin. Às vezes, o líquido dentro do cisto podem ser infectados, resultando em pus rodeado por tecido inflamado (abscesso), o que é denominado de Bartholinite aguda. 
Um cisto de Bartholin ou um abscesso podem ser comuns. O tratamento de um cisto de Bartholin depende do tamanho do cisto, da dor e se o cisto está infectado. Quando existe a bartholinite aguda é necessária a drenagem e uso de antibioticoterapia para a resolução dos casos. Às vezes, ocorre reicidiva de bartholinite aguda, sendo necessária a resolução cirúrgica para se resolverem as recorrências.
Causas de Bartholinite
A bartholinite pode ser causada não só por agentes causadores de DST, como gonococo e clamídia mas também por bactérias da flora intestinal, estafilococos, estreptococos e E. coli (bactérias que não são sexualmente transmissíveis).
Sintomas de Bartholinite
Se o cisto é pequeno e não ocorre infecção, você pode nem notar. Se ele cresce e se torna infecctado, você pode sentir a presença de um nódulo ou massa perto de sua abertura vaginal - as pacientes chegam referindo a presença de uma "bola" ou "caroço" na vagina. 
Se o cisto é infectado – uma infecção pode ocorrer em questão de dias – você pode ter os seguintes sinais e sintomas:
·         Uma massa ou um caroço doloroso perto da abertura vaginal
·         Desconforto ao caminhar ou sentar
·         Dor durante a relação sexual
·         Febre
Um cisto ou abscesso geralmente ocorre em apenas um lado da abertura vaginal.
Tratamento para Bartholinite Aguda
Muitas vezes, uma Bartholinite Aguda exige tratamento com drenagem e uso de antibioticoterapia, além de banhos de assento:
·         Banhos de assento. Às vezes, a imersão em uma banheira cheia com alguns centímetros de água morna (banho de assento) várias vezes por dia, durante três ou quatro dias ajuda a drenagem espontânea e pode aliviar as dores.
·         Drenagem cirúrgica. Quando a paciente sente muitas dores e dificuldade para sentar ou andar é necessário realizar a drenagem do abscesso. A drenagem normalmente pode ser feita no consultório médico sob anestesia local, mesmo que infelimente algumas vezes a inflação local é tão severa que o uso do anestésico não auxilia muito no alívio da dor. Para fazer o procedimento de drenagem, é feito uma pequena incisão local, após assepsia para permitir a drenagem. 
·         Antibióticos. Se o cisto é infectado, ou se o teste revelar uma doença sexualmente transmissível, é necessário o uso de antibióticos para assegurar que as bactérias que causaram a infecção sejam destruídas.
·         Marsupialização.  Se os cistos são recorrentes ou incomodam, poderá ser realizada a marsupialização, sempre depois da resolução do quadro agudo. Este método é geralmente eficaz na prevenção de recidivas e preserva a glândula. É realizada a abertura do cisto e expostas as bordas do cisto. Estas bordas são unidas à pele do vestíbulo, em cada lado da incisão, para criar uma abertura permanente. 
·         Bartolinectomia. Quando se tem reicidivas persistentes e nenhum destes procedimentos é bem sucedido, pode ser necessária a remoção completa da glândula de Bartholin, mas isso raramente é necessário. A remoção cirúrgica é geralmente feita em um hospital com raquianestesia.
Não há nenhuma maneira de evitar um cisto de Bartholin. No entanto, praticando sexo seguro – em especial, usando um preservativo – e a manutenção de bons hábitos de higiene podem ajudar a prevenir a infecção de um cisto e da formação de um abcesso.

sábado, 18 de fevereiro de 2012

                     Atividade fisica


"A prática regular de atividade física sempre esteve ligada à imagem de pessoas saudáveis. Antigamente, existiam duas idéias que tentavam explicar a associação entre o exercício e a saúde: a primeira defendia que alguns indivíduos apresentavam uma predisposição genética á prática de exercício físico, já que possuíam boa saúde, vigor físico e disposição mental; a outra proposta dizia que a atividade física, na verdade, representava um estímulo ambiental responsável pela ausência de doenças, saúde mental e boa aptidão física. Hoje em dia sabe-se que os dois conceitos são importantes e se relacionam." 

 Mas o que é atividade física?

De acordo com Marcello Montti, atividade física é definida como um conjunto de ações que um indivíduo ou grupo de pessoas pratica envolvendo gasto de energia e alterações do organismo, por meio de exercícios que envolvam movimentos corporais, com aplicação de uma ou mais aptidões físicas, além de atividades mental e social, de modo que terá como resultados os benefícios à saúde.

Por que a preocupação com o sedentarismo?
 
Os indivíduos mais sujeitos ao sedentarismo são: mulheres, idosos, pessoas de nível sócio-econômico mais baixo e os indivíduos incapacitados. Observou-se que as pessoas reduzem, gradativamente, o nível de atividade física, a partir da adolescência.
 
Em todo o mundo observa-se um aumento da obesidade, o que se relaciona pelo menos em parte à falta da prática de atividades físicas. É o famoso estilo de vida moderno, no qual a maior parte do tempo livre é passado assistindo televisão, usando computadores, jogando videogames, etc.

Quais são os benefícios da atividade física?
 
A prática regular de exercícios físicos acompanha-se de benefícios que se manifestam sob todos os aspectos do organismo. Do ponto de vista músculo-esquelético, auxilia na melhora da força e do tônus muscular e da flexibilidade, fortalecimento dos ossos e das articulações. No caso de crianças, pode ajudar no desenvolvimento das habilidades psicomotoras.
Com relação à saúde física, observamos perda de peso e da porcentagem de gordura corporal, redução da pressão arterial em repouso, melhora do diabetes, diminuição do colesterol total e aumento do HDL-colesterol (o "colesterol bom"). Todos esses benefícios auxiliam na prevenção e no controle de doenças, sendo importantes para a redução da mortalidade associada a elas. 
Interessante notar que quanto maior o gasto de energia, em atividades físicas habituais, maiores serão os benefícios para a saúde. 
 
Algumas recomendações são importantes, e valem também para as outras faixas etárias:
• Uso de roupas e calçados adequados.
• Ingestão de grandes quantidades de líquidos, antes do exercício.
• Praticar atividades apenas quando estiver se sentindo bem.
• Iniciar as atividades lenta e gradualmente.
• Evitar o cigarro e medicamentos para dormir.
• Alimentar-se até duas horas antes do exercício.
• Respeitar seus limites pessoais.
• Informar qualquer sintoma.
   
Fonte:  Bibliomed